Os anseios de um povo em busca de um mundo novo
Texto: António Macedo
Uma nação é reflexo da capacidade de realização e, sobretudo, do carácter dos seus políticos, governantes, e demais agentes públicos. São eles quem determinam a grandiosidade e a solidez das instituições que compõem o Estado. Um Estado desprovido de bons exemplos e de práticas saudáveis do ponto de vista ético e moral, e que cultiva um corporativismo obscuro e inexplicável, que tem mais a ver com o truque diário que se faz em política do que com a realidade do que há a fazer, jamais alcançará os níveis de progresso desejáveis para galgar uma posição de real desenvolvimento.
Os angolanos sentem desalento e impotência ao observar que todos os esforços que empreendem em busca do desenvolvimento e da justiça se tornam insignificantes diante do desmando e da falta de valores morais e éticos expressos por grande parte dos agentes políticos.
Talvez exista uma receita que possa acabar com a realidade em que vivemos, porém, não parece que exista uma fórmula exacta para erradicar as injustiças que ainda assolam o nosso país. Talvez um primeiro passo para a mudança de rumo seja a valorização da consciência e a preservação da memória. No entanto, como provocar uma mudança de comportamento através da consciencialização dos nossos cidadãos se as instituições que dirigem e representam o Estado se degradam dia após dia? De que serve estruturar o Estado e assegurar-lhe receitas, se se ignora categoricamente que, entretanto, o povo, que esse Estado deve servir, permanece na escuridão?
Não podemos continuar a fechar os olhos para as incontáveis anomalias que assolam o nosso país.
Hoje em dia, nós, angolanos, parecemos percorrer um caminho de peregrinos em busca de um mundo novo, cansados de ver e de sofrer injustiças, desencadeadas pelo caos e falta de cumprimento dos compromissos supostamente assumidos pelos políticos face aos anseios do nosso povo, que permanece esquecido quase sempre, traído, à margem dos seus plenos direitos, que têm sido constantemente ignorados, arrancados e atirados para longe do seu grandioso sonho, enquanto nação soberana.No entanto, num tempo de descrenças, não deixo de contemplar a esperança nos olhos de um povo que permanece confiante em si mesmo, na certeza do seu enorme potencial, e que ainda acredita que pode fazer o seu próprio destino.
Talvez exista uma receita que possa acabar com a realidade em que vivemos, porém, não parece que exista uma fórmula exacta para erradicar as injustiças que ainda assolam o nosso país. Talvez um primeiro passo para a mudança de rumo seja a valorização da consciência e a preservação da memória. No entanto, como provocar uma mudança de comportamento através da consciencialização dos nossos cidadãos se as instituições que dirigem e representam o Estado se degradam dia após dia? De que serve estruturar o Estado e assegurar-lhe receitas, se se ignora categoricamente que, entretanto, o povo, que esse Estado deve servir, permanece na escuridão?
Não podemos continuar a fechar os olhos para as incontáveis anomalias que assolam o nosso país.
Hoje em dia, nós, angolanos, parecemos percorrer um caminho de peregrinos em busca de um mundo novo, cansados de ver e de sofrer injustiças, desencadeadas pelo caos e falta de cumprimento dos compromissos supostamente assumidos pelos políticos face aos anseios do nosso povo, que permanece esquecido quase sempre, traído, à margem dos seus plenos direitos, que têm sido constantemente ignorados, arrancados e atirados para longe do seu grandioso sonho, enquanto nação soberana.No entanto, num tempo de descrenças, não deixo de contemplar a esperança nos olhos de um povo que permanece confiante em si mesmo, na certeza do seu enorme potencial, e que ainda acredita que pode fazer o seu próprio destino.
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