Por Moreira Mário
A província de Luanda conta com mais "vinte e duas" novas escolas para o presente ano lectivo, segundo dados avançado pelo director Provincial de Educação de Luanda, André Soma, durante a cerimónia de abertura do ano lectivo 2010, que decorreu numa das instituições escolares da capital
De acordo com André Soma, este número vai permitir a colocação, pela primeira vez, de cerca de 39.600 novos alunos.
"Luanda conta neste momento com 604 escolas contra 582 no ano passado, o que correspondem a 292 salas que estarão em funcionamento este ano", disse o responsável da educação a nível da província.
O mesmo avança ainda que o aumento da rede escolar pública, a nível da capital, tem vindo a proporcionar uma baixa considerável de alunos nas escolas privadas. André Soma anunciou que em 2008 estavam em funcionamento 351, hoje existem apenas 326 escolas privadas.
Isto quer dizer, afirma, que menos vinte e cinco escolas do género fecharam devido ao aumento da rede escolar pública. "Estas estão a ficar sem alunos".
Relativamente ao início de cada ano lectivo, o ChelaPress tem vindo a observar graves situações no que diz respeito a especulação na venda dos materiais didácticos, sobretudo livros, no mercado informal. A Polícia Nacional e o Ministério da Educação têm vindo a fazer esforços tendentes a combater este fenómeno, mas os vendedores tem-se mostrado resistentes.
Porém, o número de pessoas a venderem nas ruas e nos mercados tende a aumentar durante a chegada deste período.
A Educação instalou há dois anos a velha política de entrega gratuita dos livros do ensino primário, mas ao que tudo indica tem sido cilindrado pelo mercado negro com o material disponível para a comercialização especulativa.
Mas mesmo assim muitos encarregados preferem adquiri-los na praça, apesar de terem conhecimento da entrega dos mesmos na escola. Um cidadão justificou dizendo que se sentia mais seguro ao comprar do que esperar pela escola, visto que caso o aluno estragasse os livros o mesmo teria que pagar, "o que não é justo. Além disso nem todos chegam a receber", desabafou.
A reportagem do ChelaPress apurou, nos mercados do Roque Santeiro, Kwanzas e nos arredores do São Paulo a disposição dos materiais em grandes quantidades e os preços são distintos conforme o nível de cada classe.
Por exemplo, no mercado do Roque Santeiro os livros da 4ª classe, nomeadamente de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio, estão a ser comercializados entre os mil e 300 e mil e 200 kwanzas. Ao passo que no mercado dos Kwanzas os mesmos livros estão a ser vendidos ao preço de 5 mil kwanzas.
Já no São Paulo, nas mãos das senhoras os livros são vendidos 500 kwanzas cada, o conjunto 1000 e quinhentos kwanzas. Os mercados do Roque e São Paulo são os que mais dispõem em termos de oferta desse tipo de material, o que não acontece no circuito formal.
As livrarias revendedoras oficiais de material escolar em Luanda, praticamente são contadas aos dedos. Segundo as nossas constatações, a maioria destas instituições estão instaladas no centro da cidade. As chamadas tabacarias que existiam nas zonas da periferia simplesmente foram transformadas em cantinas ou outros empreendimentos comerciais.
Um dos proprietários de uma antiga livraria no São Paulo contactado por este jornal, reclama que tem enfrentado muitas dificuldades na aquisição dos materiais por falta de apoio por parte do Estado no que concerne a distribuição dos mesmos.
Aquele comerciante de materiais didácticos disse que a situação tem estado a obrigar as livrarias a praticar preços mais altos em relação ao mercado informal. O interlocutor lamenta ter que adquirir o material que vende nos armazéns grossistas.
Um encarregado de educação defendeu que todas as instituições de ensino do Estado, os do primeiro e segundo ciclo, devem estar equipadas com livrarias para evitar que os alunos recorram a rua para comprar um caderno ou lápis.
2 comentários:
onde posso econtrar os preços mais barato de material didaticos , 1.ª2.ª a 12.ªClasse
Acho muito justa a atitude do Sr. Governador Provincial de Benguela, General Armando da Cruz Neto, quando Orientar a Comissão de Gestão da EASBL a não pagar as dívidas deichada pela Comissão Cessante. Porque numa das edições do Jornal ChelaPress foi divulgado o valor aproximado dos desvios da turma Francisco José Vieira Paulo & Filipe Muabi Vanda Mazebo. Então é Justo que os mesmos as pagem (Dívida), porque se não responsabilizarem os culpados (Francisco Paulo e Filipe Mazebo) então as coisas andarão sempre de Cabeça para Baixo e Pernas para o Ar.
Faz Favor é Hora de Responsabilizar os Inresponsáveis... Pleas.
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