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sábado, 11 de outubro de 2008

O nosso futuro, os governantes angolanos do amanhã


Do retrato social de Angola, o que mais chamou a minha atenção foi a facilidade com que as crianças dos 14 aos 16 anos saem à noite para as discotecas. A maioria tem com certeza um telemóvel do top. Os pais revezam-se para ir buscar os filhos e distribui-los nas respectivas casas, havendo ainda os que alugam serviços que se encarregam dessa tarefa. Tenho mais de 50 anos de idade, mas recuei no tempo e lembrei-me de que para sair de casa à noite, mesmo que fosse apenas para casa de amigos, tinha sempre uma hora limite de chegada a casa. Como estudava e dependia economicamente dos meus pais, não me passava pela cabeça questionar as suas decisões. Não tínhamos carro, muitas das roupas que usava eram feitas em casa, herdadas dos irmãos mais velhos ou ainda comprada nos fardos, usadas, logicamente, ao desbarato.
Hoje, os jovens desperdiçam dinheiro (das famílias) em roupas de marca, em acessórios, drogas pesadas, álcool e diversão. Estudar, que é bom, é zero. Os resultados finais nas escolas são uma autêntica vergonha. Existem cada vez mais queixas de abusos contra os professores, pacatos cidadãos e familiares. Os jovens não têm interesses culturais, educacionais, políticos ou sociais. A que espécie de sociedade irá ser entregue este país no futuro? A juventude angolana está cada vez mais perdida e os seus tutores cada vez mais anulados na sua função, comprando o “amor” dos seus jovens com bens materiais em vez de os educar, mesmo contrariados, preparando-os para os desafios da sua vida independente. Não admira que haja quem saia da faculdade aos 32 anos e só nessa altura comece a procurar o primeiro emprego. O poder político, o governo, tem responsabilidade acrescida nesta matéria.
É preciso, muito importante e muito urgente, apresentar à juventude angolana opções mais saudáveis. Criar condições para despertar na juventude o gosto pela Cultura – leitura, música, teatro, dança, filme artesanato e pintura; Desporto – futebol, basquete, ténis, natação, andebol, etc.

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá Rasgado,

Aqui no Brasil, principalmente no Rio, acontece o mesmo, adolescentes participam das chamadas festas "rave" que duram quase um dia inteiro, bebem muito e consomem drogas e no final saem pelas ruas agredindo pessoas. Quando há alguma prisão em flagrante por porte de drogas os pais pagam fiança e fica tudo bem.

Geograficamente os países são diferentes mas o comportamento humano está, praticamente, igual em qualquer parte do mundo.

Abraços,

Angela Palma

Anónimo disse...

Este senhor Rasgado é um triste, corrupto, chantagista, xenófobo e racista complexado, um ladrão mentiroso.

É um triste porque nem a mulher o aturou, depois de o ter enganado vezes sem conta, deixou-o de vez.

Ameaça os empresários e habitantes de Benguela com supostas notícias falsas a publicar no seu jornaleco, é dessa forma os saqueia.

É um xenófobo racista e complexado, não há edição do seu jornal em que não diga mal dos portugueses. Publicou e noticiou como se fosse uma grande notícia uma "suposta" carta de um mulato, a que só ele deu atenção... a isso chama-se complexo, meu amigo!

É um ladrão, porque era um simples colaborador de uma revista do Sr. Ministro da Defesa, e roubou tudo para criar este jornaleco.

Em resposta ao seu artigo deste més que diz que de Portugal vêm criminosos e corruptos, deixo uma pergunta, como é que o senhor está a pagar a sua casa na Baía Azul? Como arranjou o terreno?

Olhe para o seu umbigo, seu ladrão, seu traumatizado. Resolva os seus problemas psicológicos, os seus traumas, os seus complexos.

Tenho pena de si...

N'gachi disse...

Faço das minhas palavras a do Sr. Jorge. Cada vez que sai um pseudojornal do sr pseudoescritor rasgado para as bancas é pura e simplesmente um manifesto xenofobo para agitar a população desta grande província que me viu nascer. Deviam acabar com esta pouca vergonha. Tenho muita pena que as autoridades Angolanas ainda não estejam organizadas para condenar este tipo de chantagistas da opinião. É com este tipo de gente que se iniciam guerras no mundo. Verifico que no artigo em causa (que você coloca na jornal, mas não tem coragem de o colocar online) você so fala nos portugueses, quando estão a entrar milhões de chineses, milhares de brasileiros, paquistaneses e muitos outros, alguns deles de origem duvidosa. De qualquer forma a história há de corrigir o erro que foi de lhe terem dado tempo de antena.

N'gachi disse...

Já agora deixo aqui o blog que criei http://chulapress.blogspot.com
Aconselho o artigo "e se obama fosse africano". Ate mais

Anónimo disse...

Chico
Vou lendo meu amigo.
Vou lendo e contestando a tua sabedoria.
Deixa os cães ladrarem que a caravana passa.
Como tens razão!
No mundo em geral, a juventude perdeu quase na totalidade, as normas que nos regeram.
Livros e roupas de irmãos para irmãos, sapatos para sair ao domingo, quando estavam apertados cortavam a ponta para brincar no quintal.
Achas que só em Angola?
E na Europa….
Abraço
M.