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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

FLEC ainda resiste, mas governo central decreta guerra ao grupo separatista


O ataque contra a selecção de Togo em Angola trouxe para a primeira página um dos temas tabu em Angola.
Existe ou não existe ainda resistência em Cabinda?
De facto, este acção já reinvidicada por uma facção do grupo Flec, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda, chamou a atenção da mídia internacional para o antigo movimento pela independência da província angolana de Cabinda.
Trata-se de um grupo pequeno e fragmentado de insurgentes que negam o direito de Angola de governar a província e que exige a independência.
O grupo, activo, de maneiras diferentes, desde a década de 1960, inicialmente lutou contra o colonizador de Angola, Portugal.
Quando Angola conseguiu a independência, em 1975, e Cabinda foi incluída no território do país, os rebeldes da Flec continuaram a lutar, a partir de então contra o governo de Luanda.
Segundo este grupo, o povo de Cabinda não foi consultado em 1975 quando a província foi anexada por Angola. A região está separada do resto do país por parte do território da República Democrática do Congo, sendo que nenhum grupo político no território aceitou o novo status de angolano.
A Flec vê o governo central como uma força de ocupação, da mesma forma como via os portugueses.
No entanto, o acesso a minérios também é um factor importante para o movimento que exige a independência.
Angola é um dos dois principais produtores de petróleo da África subsaariana e tem contratos lucrativos com países como os Estados Unidos e a China.
Boa parte do petróleo angolano vem de Cabinda, o que torna improvável uma decisão do governo central de conceder a independência.
Recuando na história, Cabinda está ligada ao reino do Congo, a Portugal desde o século XV e a Angola desde 1975, ano da independência nacional. O petróleo, principal recurso natural da província, entra em cena na década de 1950, e desde então é uma fonte de riquezas e de... problemas. Como é do conhecimento público, Cabinda também tem uma das maiores reservas florestais do mundo, mas continua a ser uma das províncias mais pobres de Angola.
Actualmente, fornece entre 60 a 80% do crude nacional, com cerca de um milhão de barris diários que possibilitam a Angola disputar com a Nigéria o título de maior produtor de petróleo africano. Em Agosto do ano passado, a Chevron (petrolífera norte-americana que controla 39% da produção do crude em Cabinda) anunciou uma "importante descoberta" de hidrocarbonetos líquidos e gás natural. Além da Chevron, operam em Cabinda a Sonangol-Agip Angola (41%), a francesa Total (10%) e a italiana Eni (9,8%).
Os grupos separatistas surgem pouco depois da descoberta das principais jazidas. Em 1963 decidem unir-se e adoptar as siglas FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda), organização pacífica até 1975. Em plena guerra civil, a FLEC decide fazer frente à ofensiva do MPLA, movimento marxista-leninista que põe termo à auto-proclamada independência de Cabinda e integra o território em Angola.
Em 2006, após uma nova ofensiva do MPLA – vencedor da guerra fraticida –, Angola assina um memorando que foi aceite por alguns rebeldes, mas uma parte do grupo rejeitou-o e refugiou-se nas matas. Desde então, a história da FLEC é a história de um movimento dividido.
Em Junho do ano passado, a Human Rights Watch divulgou um relatório de 27 páginas sobre detenções arbitrárias, torturas e outros abusos cometidos pelas forças armadas angolanas contra 38 civis em Cabinda, entre 2007 e 2009.
O ataque contra a selecção de futebol do Togo foi reivindicado, em primeiro lugar, pelo FLEC-PM (posição Militar), liderado por Rodrigues Mingas. O secretário-geral do FLEC-PM esclareceu que o ataque visava Angola e só por "puro azar" atingiu a equipa togolesa, provocando a morte de dois membros da delegação, do condutor angolano do autocarro em que viajavam e ferindo vários ocupantes do veículo.
Em declarações à "Lusa", Rodrigues Mingas afirmou que ainda conserva o passaporte português e que tenciona exilar-se em Londres, onde reside um irmão. Rodrigues Mingas che-gou mesmo a ameaçar com novos ataques durante a Taça Africano das Nações, Orange Angola 2010), o maior torneio africano que Angola organiza até 31 de Janeiro.
No entanto, o tenente-general Estanislau Miguel Boma, chefe da FLEC-FACU (Forças Armadas Cabindesas Unificadas), veio a público anunciar um cessar-fogo durante o período da Taça Africana das Nações, Orange Angola 2010. Quatro meses antes, Boma tinha reivindicado um dos últimos ataques deste braço armado da FLEC, que terá provocado a morte de 12 soldados das Forças Armadas Angolanas em Cabinda.
A representação da FLEC é reivindicada actualmente por N'zita Henriques Tiago, líder histórico da Aliança do Mayombe, exilado em França. O comandante António Lopes é o presidente da Frente de Libertação do Estado de Cabinda, denominação que responde a uma nova cisão do movimento fundado na Holanda em 1996.

4 comentários:

Anónimo disse...

O Francisco Rasgado é uma pessoa inteligente mas a sua inteligência está mal orientada sendo uma pessoa com características psicopatas.
A suas maiores característica são a mentira e desonestidade, consegue aliciar muita gente com promessas e encanto de simpatia, fazendo com que contem com ele, acabando por as pessoas orientarem a sua vida acreditando na palavra deste, e depois com o não cumprimento, falta de responsabilidade e moral deveras libertina e leviana, causa graves consequências a terceiros que acreditem nele, sendo um crime a forma como acaba por prejudicar a vida de outrem.
Tem grande complexo, tendo mudado de mulher várias vezes, acabando por prejudicá-las, até destruir a vida de alguma no tempo de forma totalmente irresponsável.
Mente, a sua táctica para com os ditos amigos e “esposas” é dar com uma mão e tirar com a outra, puxa o tapete, cospe no prato que come. E, esconde o que faz, atirando e escondendo para debaixo do tapete a sujeira que faz deixando para traz, não honrando ou reparando minimamente os compromissos a que se propôs mentido aos olhos dos outros que se diz amigo, vive no mundo irreal das aparências a que dá muita importância chegando a expor algumas mentiras da sua vida pessoal no seu jornal como um álbum de família.

Anónimo disse...

Concordo com o que foi publicado esta pessoa que escreveu conhece bem o que o Rasgado faz a sua vida dupla com duas 3 personalidades ou mais é verdade tambem os psicopatas teem mais que uma face.

Anónimo disse...

O Rasgado é um aldrabão.

Anónimo disse...

Além de tudo isso é um grande egoísta, só pensa nele, o resto é o resto.