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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Bancários presos no Lubango

Por: Lino Wakuyava

A polícia na Huíla deteve dois funcionários bancários, implicados no descaminho de mais de 28 milhões de Kwanzas numa das agências do BPC – Banco de Poupança e Crédito, no Lubango. Tratam-se dos cidadãos Gidião Chaves Júnior e Daniel Ndulo Bioco, chefe de operações da instituição, que terão efectuado operações bancárias ilícitas. A ordem de captura incluiu o nacional Arão Dinho Elias, cliente da referida agência.
De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da Polícia na Huíla, Superintendente-chefe Paiva Tomás, a Polícia Económica, em coordenação com a sua congénere de Luanda, deteve os funcionários bancários sob o mandato de captura por terem efectuado uma operação bancária com um cheque falso, com o objectivo de levantar 28 milhões e 856 mil Kwanzas. Segundos ainda a corporação, os homens serão brevemente presentes ao ministério público, para responderem as acusações que pesam sobre si.
De notar que em finais do ano passado, um outro funcionário bancário afecto ao BAI – Banco Africano de Investimentos, foi igualmente detido pela polícia, acusado também de desvio de altas somas em dinheiro.
Facto curioso: o envolvimento nos casos de roubo e falsificação de títulos bancários por parte dos quadros das instituições bancárias, nesta região, tem sido encarado com alguma preocupação por parte da sociedade local. Em menos de três meses, vários técnicos bancários foram parar à cadeia por acto similar, numa clara demonstração de que os funcionários bancários não se limitam a servir o público, mas aproveitam a sua condição de funcionário de bancos para abocanhar parte do leão, tal como o fazem algumas figuras afectas as instituições do Estado. As revelações do desaparecimento de valores nas contas bancárias dos clientes nalguns bancos privados e desistência de alguns quadros devido ao recurso de algumas técnicas comprometedoras de defraudação de operações bancárias, há muito que vêem sendo ventiladas na praça pública. Esta é apenas a ponta do iceberg.
As opiniões tendem agora, a aliar os assaltos bancários com a participação dos funcionários das próprias agências, sendo que a ânsia pelo lucro fácil não desencoraja a aventura dos funcionários bancários que se juntam a grupos de marginais altamente perigosos. Pelo que, o crime, afinal de contas, tem mesmo de ser combatido, entre os funcionários bancários.

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