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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ONDE O RESPEITO PELA LEI NÃO SE FAZ SENTIR – Manuel Francisco no cumprimento de uma missão pessoal de Zeno dos Santos

Por Mário Vicente

A administração Municipal de Benguela acabou, na semana finda, por protagonizar o primeiro erro do ano, ao demolir várias casas no bairro 27, arredores de Benguela. A acção mereceu uma onda de repúdio da sociedade local, e em resposta o Administrador Municipal, Manuel Francisco, e Leopoldo Muhongo, seu adjunto, em entrevista à comunicação social, não conseguiram convencer os munícipes sobre o sucedido. O principal argumento apresentado pelos dois governantes prende-se com a construção de uma estrada alternativa na via que liga o município do Lobito, para a sede da província.

Oficialmente, e por estranho que pareça, o partido no poder em Benguela não emitiu nenhuma declaração a volta do assunto, que começa a ganhar cunho político

 
 
São no total 14 moradias que os tractores da administração municipal destruíram por completo, deixando ao relento os seus habitantes. A atitude, como é óbvio, não foi bem digerida pelos moradores que até ao fecho desta edição aguardavam uma informação dos motivos que levaram a administração a praticar esta acção.


Entretanto, o administrador municipal de Benguela, Manuel Francisco, apontado como actor principal deste acto, em entrevista aos órgãos de comunicação abusivamente tratou alguns moradores da referida área como bandidos, quando muitos deles são trabalhadores do Estado.

Manuel Francisco tentou sem sucesso conduzir a entrevista do correspondente da Rádio Ecclésia em Benguela, de forma a parecer trabalho encomendado, suavizado e sua imagem preservada.

O MPLA, ao tomar conhecimento desta acção que mancha o seu nome, não gostou e Manuel Francisco foi ameaçado e responsabilizado por mais este acto anti-constitucional, fruto do desabafo dos moradores que afirmaram terem depositado o seu voto nas legislativas de Setembro de 2008, e que a partir de agora não se revêem com a actual política do MPLA.

Uma cidadã, que preferiu anonimato, foi pronta a afirmar que milita no MPLA desde 1975 e chegou ao ponto de engolir crachás do MPLA, confrontada com a oposição, por conseguinte, pede justiça aos órgãos de direito, uma reflexão e agir com rapidez para se estancar a onda demolidora que Manuel Francisco e seus colaboradores levam a cabo.

“Não sei quais são as razões do MPLA em Benguela em não afastar o administrador municipal. Sei, através de vozes mais atentas, que Manuel Francisco não age sozinho. Por detrás de todas as suas manobras existem outras individualidades, se assim não fosse, há muito que já tinha sido exonerado”, desabafou.

Manuel Francisco, com as costas bem quentes e à socapa, tem vindo a responder que está a cumprir uma missão do Zeno dos Santos, filho de José Eduardo dos Santos, presidente da República, dono da empresa “Quanto”, proprietária de todos os terrenos da área da Graça, cedidos ainda no tempo de Dumilde Rangel. Não acreditamos no argumento apresentado por Manuel Francisco, quanto à missão apresentada pela presidência da República. Trata-se de mais um bluff apresentado por Manuel Francisco.

O assunto, que poderá ganhar contornos perigosos, está a ser seguido atenta e prudentemente pelo executivo local que não descarta a possibilidade de uma manifestação nas ruas de Benguela, onde não participarão apenas os lesados, mas sim a sociedade no seu todo.

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